tag:blogger.com,1999:blog-74090214580149068732024-03-13T07:24:26.822-07:00Por esta porta estar fechada, as outras tiveram que se abrirNuma dessas noites de domingo, onde quase nada acontece, uma das portas de um corredor escuro começa a exalar um cheiro de gente morta.Mayombehttp://www.blogger.com/profile/10286115016307279048noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-7409021458014906873.post-73357876586526035292011-01-14T08:41:00.000-08:002011-01-14T08:53:13.212-08:00Faça você mesmo!<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzT06N1MBHeP8G4FvBIaWhNUYvzFIoTxSDOX6M_Gh_6EZ1MEHBMeG3Em8jvwrhZ3iwlnmKPFGxWhHcDxfxNxw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>Mayombehttp://www.blogger.com/profile/10286115016307279048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7409021458014906873.post-69711146856662129762011-01-14T08:38:00.000-08:002011-01-14T08:39:48.157-08:00<a href="http://1.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/TTB8OWAdW3I/AAAAAAAAAK0/Rcudd_cCq6s/s1600/portascamp.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 249px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5562082125670079346" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/TTB8OWAdW3I/AAAAAAAAAK0/Rcudd_cCq6s/s400/portascamp.jpg" /></a><br /><div></div>Mayombehttp://www.blogger.com/profile/10286115016307279048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7409021458014906873.post-86888725042691493992010-11-16T16:52:00.000-08:002010-11-16T16:53:21.313-08:00Numa dessas noites de domingo, onde quase nada acontece, uma das portas de um corredor escuro começa a exalar um cheiro de gente morta.<br />O cheiro faz com que os outros saiam de suas portas, articulem as devidas providências e tentem desvendar o que teria acontecido.<br />No entanto, todas as tentativas são em vão. A morte faz com que nesse momento coletivo, as relações se estabeleçam pela primeira vez. O odor que vai aumentando faz emergir um mundo de seres que não se conhecem, mas que habitam o mesmo lugar. Cada qual preocupado, na verdade, com seu próprio mundo, com seus próprios medos, com suas próprias questões. Superfície de portas que estão sempre trancadas. Os personagens vão deixando escapar suas fragilidades, diante desse fato estranho que traz à tona suas solidões eminentes.<br />Essa é a forma pela qual a peça mergulha no ser humano que se contradiz diante dos inúmeros caminhos que o cercam. No lado interno, a solidão e a memória; no externo, um coletivo obrigado a se relacionar por um fato inesperado. Podemos perceber em Por esta porta estar fechada, as outras tiveram que se abrir uma escrita em processo em que os discursos da memória não estão acabados, mas sim, em construção. <br /> Apenas uma noite para cada um abrir aos poucos sua porta, e deixar que seus mundos também se espalhem. O encontro é difícil. Impressões vão sendo deixadas aos poucos. Pedaços vão ficando em cada canto e se agregando em forma de cidade.<br /> Por esta porta estar fechada, as outras tiveram que se abrir, traz a morte para fazer uma reflexão sobre a vida. Parte do inesperado, para tratar justamente das esperas que vão sendo tecidas por entre a metrópole em vias, o vazio de tantos discursos e as urgências que nos apequenam sempre.<br /> Por que você não se mata? È a pergunta que cada personagem tenta responder, a partir do convite que o Grupo de Teatro Mayombe faz, para essa noite estranha, com pessoas sozinhas e suas portas.Mayombehttp://www.blogger.com/profile/10286115016307279048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7409021458014906873.post-73491722070661070532009-04-24T19:19:00.001-07:002009-04-24T19:21:24.169-07:00614<a href="http://2.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJznNmN7pI/AAAAAAAAAFg/lCKkSgkslxY/s1600-h/Imagem+150.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328448426634768018" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 214px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJznNmN7pI/AAAAAAAAAFg/lCKkSgkslxY/s320/Imagem+150.jpg" border="0" /></a><br /><div>Às vezes, eu estou sozinho debaixo do meu cobertor quando volto do turno da usina. Volto cansado, esgotado, o corpo pesa sob as muitas horas sem dormir. Às vezes, até tenho vontade de chorar. Dizem que deixa a alma mais leve... a usina me deprime, ainda bem que eu tenho meu rádio.</div>Mayombehttp://www.blogger.com/profile/10286115016307279048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7409021458014906873.post-37230678774281488092009-04-24T19:13:00.001-07:002009-04-24T19:16:20.380-07:00eu não sou daqui...<a href="http://1.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJyX7UB99I/AAAAAAAAAFY/rhtq-20ZkXg/s1600-h/Imagem+226.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328447064516982738" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 214px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJyX7UB99I/AAAAAAAAAFY/rhtq-20ZkXg/s320/Imagem+226.jpg" border="0" /></a><br /><div>eu estou aqui.</div>Mayombehttp://www.blogger.com/profile/10286115016307279048noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7409021458014906873.post-66563889405419939742009-04-24T17:15:00.001-07:002009-04-24T19:23:03.073-07:00612<blockquote><a href="http://3.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJtxMuC_UI/AAAAAAAAAE4/UNnmyjd6_KQ/s1600-h/Imagem+227.jpg"></a><a href="http://3.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJtxMuC_UI/AAAAAAAAAE4/UNnmyjd6_KQ/s1600-h/Imagem+227.jpg"></blockquote></a><span style="font-size:130%;color:#000000;"></span><p align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328442001128095042" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 258px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJtxMuC_UI/AAAAAAAAAE4/UNnmyjd6_KQ/s320/Imagem+227.jpg" border="0" /><br /></p><a href="http://2.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJWZUrgq6I/AAAAAAAAAEE/SN-g2A4FJ1M/s1600-h/b612log%20jpeg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328416302180641698" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 290px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJWZUrgq6I/AAAAAAAAAEE/SN-g2A4FJ1M/s320/b612log%2520jpeg.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br />A gente precisa inventar alguma coisa pra poder levantar da cama, caminhar por aí, lavar os pratos, banhar o corpo e acreditar que <span style="font-size:180%;">tudo vai ser diferente</span>. A gente precisa inventar alguma coisa quer ela exista ou nãoMayombehttp://www.blogger.com/profile/10286115016307279048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7409021458014906873.post-51112026725336932762009-04-24T17:12:00.000-07:002009-04-25T11:26:57.995-07:00moralista de merda<a href="http://1.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJvsv-ea2I/AAAAAAAAAFI/fjwm8w9mbJQ/s1600-h/DSC_8373.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328444123716152162" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 213px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJvsv-ea2I/AAAAAAAAAFI/fjwm8w9mbJQ/s320/DSC_8373.JPG" border="0" /></a><br /><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJV_d983eI/AAAAAAAAAD8/nyhyuxHIQWc/s1600-h/biblia_algonquino.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328415857997307362" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 242px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJV_d983eI/AAAAAAAAAD8/nyhyuxHIQWc/s320/biblia_algonquino.jpg" border="0" /></a> “Vaidade das vaidades”, diz o Eclesiastes, “vaidade das vaidades!”<br />“Tudo é vaidade! A vista não se farta de ver, o ouvido nunca se sacia de ouvir. O que foi é o que será: o que acontece é o que há de acontecer. <span style="font-size:180%;">Não há nada de novo debaixo do sol.</span> Não há memória do que é antigo, e nossos descendentes não deixarão memória junto daqueles que virão depois deles. Apliquei o meu espírito a um estudo atencioso e à sábia observação de tudo que se passa debaixo dos céus: Deus impôs aos homens esta ocupação ingrata. Vi tudo o que se faz debaixo do sol, e eis: tudo vaidade, e vento que passa.”<br />“Eis que meu espírito estudou muito a sabedoria e a ciência, e apliquei o meu espírito ao discernimento da sabedoria, da loucura e da tolice. Mas cheguei à conclusão de que isso também é vaidade, é vento que passa.”<br />“Porque no acúmulo de sabedoria, acumula-se <span style="font-size:180%;">tristeza</span>, e o que aumenta a <span style="font-size:180%;">ciência,</span> aumenta a dor.” (Pára a Nona Sinfonia.)<br /><br /><br /><div></div></div>Mayombehttp://www.blogger.com/profile/10286115016307279048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7409021458014906873.post-13686573926296320592009-04-24T17:10:00.001-07:002009-04-24T19:29:25.278-07:00abandonada por você<a href="http://1.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJvA0SFUVI/AAAAAAAAAFA/Emu6rXKlCtw/s1600-h/Imagem+241.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328443368957890898" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 214px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJvA0SFUVI/AAAAAAAAAFA/Emu6rXKlCtw/s320/Imagem+241.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJVIDRH_hI/AAAAAAAAADs/pcXjVujAklY/s1600-h/tv.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328414905937165842" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 289px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJVIDRH_hI/AAAAAAAAADs/pcXjVujAklY/s320/tv.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-size:180%;">CadÊ?</span> Aonde ?Cadê os donos da verdade? Da felicidade, da moral dos falsos costumes, da melhor conduta, do melhor way of life, da justiça, da conveniência??ARRE! Estou farta de semideuses!!!Arre! A essa altura do campeonato? Ditando felicidade? Felicidade de quem? A minha? A dele? A dela?Arre!Estou farta de caminho plagiado.Plágio!! Plágio!!Que tenho eu a ver com isso? Não tenho nada a ver com isso! Nada! Nada! Nada! <span style="font-size:180%;">Absolutamente nada</span>. Essa vida não me pertenceNão quero essa vida pra mimEu tenho a minha dor e minha alegriaE não bebo a mesma dose que vocêsEu tenho a minha medida.Eu tenho a minha medida.</div>Mayombehttp://www.blogger.com/profile/10286115016307279048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7409021458014906873.post-21146612727581121582009-04-24T17:06:00.001-07:002009-04-25T11:30:59.876-07:00a moça da padaria...<a href="http://4.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJUE3CgJyI/AAAAAAAAADk/84ck-ERLeqo/s1600-h/DESPERTADOR.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328413751603373858" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJUE3CgJyI/AAAAAAAAADk/84ck-ERLeqo/s320/DESPERTADOR.gif" border="0" /></a><br /><div>Te recuerdo, Amanda,la calle mojada,corriendo a la fábricadonde trabajaba Manuel.<br /><span style="font-size:180%;">La sonrisa ancha,la lluvia en el pelo,no importaba nada,ibas a encontarte con él.<br /></span>Con él, con él, con él, con él.Son cinco minutos. La vida es eterna en cinco minutos. Suena la sirena. De vuelta al trabajoy tœ caminando lo iluminas todo,los cinco minutos te hacen florecer.<br />Te recuerdo, Amanda,la calle mojadacorriendo a la fábricadonde trabajaba Manuel.<br />La sonrisa ancha,la lluvia en el pelo,no importaba nadaibas a encontrarte con él.<br />Con él, con él, con él, con él. que partió a la sierra,que nunca hizo daño. Que partió a la sierra,y en cinco minutos quedó destrozado.Suena la sirena, de vuelta al trabajomuchos no volvieron, tampoco Manuel.<br /><span style="font-size:180%;">Te recuerdo, Amanda, la calle mojada,corriendo a la fábricadonde trabajaba Manuel</span>. (Vitor Jara) </div>Mayombehttp://www.blogger.com/profile/10286115016307279048noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7409021458014906873.post-74016489067445385022009-04-24T16:55:00.000-07:002009-04-25T11:28:02.630-07:00615<a href="http://3.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJxs30D3-I/AAAAAAAAAFQ/A3j66gG48-E/s1600-h/Imagem+243.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328446324843208674" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJxs30D3-I/AAAAAAAAAFQ/A3j66gG48-E/s320/Imagem+243.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://1.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJSTmVyl3I/AAAAAAAAADc/qJ3mZoDLYDU/s1600-h/coca.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328411805795653490" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 318px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_KHXI1wf5fqE/SfJSTmVyl3I/AAAAAAAAADc/qJ3mZoDLYDU/s320/coca.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div>Se um dia eu me matar. Jogando o secador elétrico na <strong>banheira</strong>, cortando os pulsos, tomando veneno mortal, se jogando do Acaiaca e cair em pleno cruzamento estatelada, pulando no fosso do metrô, puxando a arcada superior pra cima e a inferior pra baixo, assim. Seria cômico... Existe uma <span style="font-size:180%;">bigorna </span>que amarrei no teto. Amarrada por uma corda que está sendo queimada por uma vela, que aos poucos vai desfazendo-a enquanto saboreio os últimos momentos de minha vida cruel, antes que o pedaço de aço maciço comprima minha cabeça contra mim mesma. O vento que entra da janela vai apagar a vela inúmeras vezes. No vai e vem pra reascender a vela, a campainha vai tocar, e neste exato momento a bigorna vai cair, atravessar o chão do meu apartamento, e matar a velhinha do <span style="font-size:180%;">andar de baixo</span>.</div></div>Mayombehttp://www.blogger.com/profile/10286115016307279048noreply@blogger.com0